‘Desastres não são naturais, mas socialmente construídos’, diz especialista

24/06/2014 23:18

Ingrid Tavares

Do UOL, em São Paulo

11/09/201315h38

 

As mudanças no clima vão trazer eventos meteorológicos cada vez mais frequentes e intensos ao Brasil – principalmente nas grandes cidades. Na visão de Roberto do Carmo, do Núcleo de Estudos de População da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), os desastres não são “naturais”, mas “socialmente construídos” pela ausência de uma política habitacional, principalmente.

 

“A expansão das grandes cidades é direcionada basicamente pelo mercado imobiliário. Observando a ocupação do espaço urbano, identificamos que os grupos de população de baixa renda são alocados em áreas dispersas [longe do centro], geralmente expostos a perigos ambientais. Será que essa é a melhor maneira?”, questiona o coordenador da sub-rede Cidades durante sua apresentação na Conclima (Conferência Nacional de Mudanças Climáticas Globais).

 

Se a tendência de concentração em áreas urbanas continuar no atual ritmo, com 85% dos brasileiros vivendo nesses centros, as cidades vão inchar com o acréscimo de 52 milhões em até 30 anos, chegando a marca de 194 milhões de pessoas, calcula Carmo.

 

Eventos mais intensos

 

De um lado, o Norte e o Nordeste passarão a ficar mais secos com a queda significativa da ocorrência das chuvas, enquanto o Sul e o Sudeste sofrerão com o aumento das precipitações até 2100.

 

Mas não é preciso esperar até o fim deste século para ver as consequências nas grandes cidades: esses fenômenos hidro-meteorológicos já são responsáveis por 100% dos desastres naturais no país, frente a 75% no âmbito global. Segundo Regina Rodrigues, do Departamento de Geociências da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), as inundações e os deslizamentos de terras são as principais causas de morte dos desastres naturais, enquanto a seca responde pelo maior número de pessoas afetadas por esses eventos extremos.

 

A pesquisadora coordena o grupo de trabalhos sobre Desastres Naturais da Rede Clima. Criado em 2007, o sistema do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação tem como desafio preparar o Brasil para causas e efeitos das mudanças climáticas, amparada atualmente por trabalhos de 13 sub-redes.

 

A equipe de Regina elaborou um mapa de resiliência da vegetação nativa e constatou que a parte mais vulnerável dessas alterações abruptas, que colaboram ainda mais para a incidência de eventos extremos no planeta, coincide com as regiões mais desmatadas no Brasil, assim como na Austrália e na África.

 

“Mas quando comparamos esses cenários, só a América do Sul mostrou capacidade de regenerar sua cobertura arbórea em eventos extremos úmidos, de chuvas, o que pode aumentar o sequestro de carbono.”

 

A pesquisadora destacou, ainda, a criação de um modelo do grupo que conseguiu prever, com sucesso, de 85% do El Niño e 80% da ocorrência da La Niña,  fenômenos climáticos que atuam, alternadamente, no oceano Pacífico.

 

Como a chuva no Nordeste está associada à zona de convergência intertropical em conjunto com a ação da El Niña (que esfria as águas do Pacífico, obrigando um leve aquecimento do oceano Atlântico para equilibrar a temperatura atmosférica), muitos esperavam uma estação chuvosa intensa no ano passado. Mas isso não ocorreu, muito em parte pelo enfraquecimento do fenômeno, que ficou concentrado apenas no centro do Pacífico, sem migrar para o oceano que banha o nosso país.

 

“O aumento da temperatura média dos oceanos está alterando esses eventos, afetando diretamente as temporadas de chuvas [no Brasil]. Por isso, se tiver alguma alteração, a estação chuvosa só vai ocorrer no próximo ano, entre março e maio, geralmente.”

 

O físico Carlos Garcia, do Instituto de Oceanografia da FURG (Universidade Federal do Rio Grande), aponta que tanto a elevação das temperaturas quanto do nível do mar alteram os eventos extremos, afetando áreas vulneráveis na costa brasileira. O problemas, ressalta o coordenador da sub-rede de Mudanças Climáticas em Zonas Costeiras, é que há muitas lacunas nos dados da rede altimétrica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 

“Tem muitas lacunas nos dados de satélites antes de 1995, por isso não observamos tendências. Mesmo com o SimCosta, o Sistema de Monitoramento da Costa Brasileira que deve ser implantado em breve, vai ser muito difícil – para não dizer praticamente impossível – recuperar esses dados em algumas áreas.  Mas esperamos recuperar alguma coisa, para tentar recriar essa série histórica e monitorar melhor o mar.”

 

 

Disponível em: noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2013/09/11/mudancas-climaticas-intensificam-desastres-naturais-no-brasil.htm

Liberação de recursos para os municípios atingidos pelas chuvas

24/06/2014 23:10

Na terça-feira, 24 de junho de 2014, o Governador Raimundo Colombo, o Secretário de Infraestrutura interino, João Carlos Ecker e o Secretário de Estado da Defesa Civil, Rodrigo Moratelli embarcam para Brasília. Colombo, Ecker e Moratelli vão ao Ministério da Integração Nacional para acompanhar a liberação de recursos para os municípios atingidos. A primeira reunião está marcada para as 17h com o Ministro Francisco José Coelho Teixeira.

 

No dia seguinte os chefes das pastas de Infraestrutura e Defesa Civil de Santa Catarina aproveitam a quarta-feira para despachar projetos e liberação de recursos ainda relacionados às cheias de setembro do ano passado.

 

Na quarta-feira que passou, o Governo de Santa Catarina, através da Secretaria de Estado da Defesa Civil encaminhou o Plano de Reabilitação dos municípios atingidos pelas chuvas que tiveram início no último dia 06 de junho deste ano. Dentro das ações necessárias para colocar serviços essenciais em funcionamento em sua integralidade, o Estado estima que sejam necessários, R$ 5,5 milhões. Esse é o valor solicitado para o Governo Federal para auxílio aos municípios catarinenses atingidos.

 

Até agora, 39 município encaminharam os Formulários Identificação de Desastre – Fides. Nos documentos, a estimativa é que os prejuízos passam de R$ 519 milhões. Segundo o levantamento preliminar das prefeituras, em danos materiais, com unidades danificadas ou destruídas alcança a marca de 53 mil. Já os prejuízos econômicos privados estão estimados pelas administrações municipais, R$ 42 milhões, enquanto R$ 59 milhões.

 

Segundo o relatório emitido pela Diretoria de Resposta da Defesa Civil de Santa Catarina, mais de 460 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas. Pelo menos sete mil catarinenses ficaram desabrigados e cerca de 50 mil desalojados. Aproximadamente 30 pessoas ficaram feridas durante o evento.  Duas pessoas perderam a vida durante as chuvas que assolaram Santa Catarina. Foram atingidos 42 municípios foram afetados pelas cheias. Desses, 37 decretaram Situação de Emergência e dois Estado de Calamidade Pública.

 

Para auxiliar os municípios mais prejudicados, o Governo do Estado já liberou R$ 2 milhões para que as prefeituras contratem horas máquinas e adquiram combustível para realizar o atendimento emergencial aos flagelados. A Defesa Civil de Santa Catarina já destinou para os atingidos mais de R$ 1 milhão em itens de auxílio humanitário, que compõe colchões, kit´s de acomodação, higiene, limpeza, galões de água e cestas básicas.

 

Fonte:http://www.defesacivil.sc.gov.br/index.php/ultimas-noticias/2999-prejuizos-com-as-chuvas-podem-passam-de-r-500-milhoes.html

EcosCiências: Equipe

12/06/2014 17:00

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Com a participação de docentes/pesquisadores, profissionais, estudantes de pós-graduação e graduação o Ecosciências objetiva ter um alto grau de interatividade com as usuárias e os usuários, porque seus conteúdos objetivam uma perspectiva interdisciplinar que devem refletir a sua composição interdepartamental e interinstitucional, bem como a inexistência de limites geográficos pré-definidos.

 

O portal visa se constituir gradualmente em uma ampla videobiblioteca virtual de textos, ensaios, imagens e sons que possam expressar a pluralidade de produções e práticas relacionadas às denominadas “questões socioambientais” existentes no Sul como no Norte do planeta, assim como dos debates, das pesquisas e das reflexões teórico-metodológicas, éticas-políticas e técnico-operacionais que se desenvolvem no entorno delas.

 

Tem, portanto dois objetivos: manter viva a memória das práticas relacionadas à conservação do meio ambiente, bem como fomentar o debate em torno da prevenção e atenção às situações de desastres socioambientais a partir de produções teóricas de diferentes países.

 

Coordenação:

 

ROSANA DE CARVALHO MARTINELLI FREITAS

 

Doutora em Sociologia Política. Mestre em Serviço Social. Professora Visitante do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina (2014). Vinculada a Linha de Pesquisa Sociedade e Meio Ambiente. Coordenadora do Ecosciências.

Principais áreas de atuação: Questões socioambientais; desigualdade desastres e gênero. (Texto informado pelo autor)

Endereço para acessar o CV: http://lattes.cnpq.br/3453898189519777

 

CAMILA MAGALHÃES NÉLSIS

 

Assistente Social graduada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Especialista em Gestão Ambiental. Mestre em Serviço Social pelo Programa de Pós-Graduação em Serviço Social (PPGSS) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Assistente Social da Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação. Membro do Ecosciências.

Principais áreas de atuação e pesquisa: Questões socioambientais e planejamento territorial. (Texto informado pelo autor)

Endereço para acessar o CV: http://lattes.cnpq.br/6136335870068123

 

LETÍCIA SOARES NUNES

 

Assistente Social graduada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestre em Serviço Social pelo Programa de Pós-Graduação em Serviço Social (PPGSS) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Assistente Social da Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS) da Prefeitura Municipal de Florianópolis (PMF). Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social (PPGSS) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Membro do Ecosciências.

Principais áreas de atuação e pesquisa: Questões socioambientais; Educação Ambiental e Serviço Social. (Texto informado pelo autor)

E-mail: leticia_snunes@hotmail.com

Endereço para acessar o CV: http://lattes.cnpq.br/6540005357535729

 

TAMIRES CRISTINA VÍGOLO

 

Assistente Social graduada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestre em Serviço Social pelo Programa de Pós-Graduação em Serviço Social (PPGSS) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atua na Secretaria de Habitação e Saneamento Ambiental da Prefeitura Municipal de Florianópolis.

Principais áreas de atuação e pesquisa: Questões socioambientais; Habitação; Assistência Social e Desastres socioambientais. Membro do Ecosciências: ecosciencias@gmail.com (Texto informado pelo autor)

Endereço para acessar o CV: http://lattes.cnpq.br/2989986619839892

 

CRISTIANE COELHO DE CAMPOS MARQUES

 

Assistente Social graduada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestre em Serviço Social pelo Programa de Pós-Graduação em Serviço Social (PPGSS) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Especialização em Gestão em Saúde Pública pela Faculdade Bagozzi, e em Gestão de Pessoas nas Organizações pela UFSC. Membro do Ecosciências: ecosciencias@gmail.com

Principais áreas de atuação e pesquisa: Serviço Social; Exercício profissional; Saúde do trabalhador; prevenção e respostas em situações de desastres.
(Texto informado pelo autor)

Endereço para acessar o CV: http://lattes.cnpq.br/0672097814055525

 

DANUZA LABANCA

 

Assistente Social graduada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestranda em Serviço Social pelo Programa de Pós-Graduação em Serviço Social (PPGSS) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Membro do Ecosciências: ecosciencias@gmail.com

Principais áreas de atuação e pesquisa: Política Urbana e Movimentos Sociais. (Texto informado pelo autor)

Endereço para acessar o CV: http://lattes.cnpq.br/2637224059064093

 

SUELI ANTUNES

 

Assistente Social graduada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Principais áreas de atuação e pesquisa: Política Urbana e Política de Prevenção e Respostas aos  Desastres.Membro do Ecosciencias: ecosciencias@gmail.com

(Texto informado pelo autor)

E-mail: sueliantunes@hotmail.com

 

PATRÍCIA ANA BATTISTI

 

Assistente Social graduada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Membro do Ecosciencias: ecosciencias@gmail.com

Principais áreas de atuação e pesquisa: Assistência Social e Política de Prevenção e Respostas aos  Desastres.

(Texto informado pelo autor)

E-mail: pab_pati@hotmail.com

A educação ambiental e sua interlocução com o pensamento de Karl Marx

10/06/2011 14:32

SOARES, Letícia Nunes; FREITAS, Rosana de C. Martinelli .Educação Ambiental .1a. ed. Florianópolis, 2011, ISBN dos Anais do V Encontro Brasileiro de Educação e Marxismo em CD-ROM: 978-85-87103-59-8; p. 1-12.

Acesse o documento clicando aqui:

http://ecosciencias.ufsc.br/files/2011/06/NUNES_outros_Educ_ambient_interloc_Karl_Marx.pdf

Avaaz faz campanha de telefonemas à Dilma contra Belo Monte

10/06/2011 12:30

As notícias levaram o cacique Raoni, líder do povo caiapó, às lágrimas.

08/06/2011

A presidente Dilma acabou de aprovar a construção de Belo Monte, a barragem que irá devastar uma grande área da Amazônia, destruíndo o Rio Xingú. O cacique Raoni chorou ao prever o futuro do povo caiapó, que será duramente afetado pela represa. Agora suas lágrimas estão inspirando milhões de pessoas a agir para impedir Belo Monte, e nós podemos ajudar a fazer a diferença.

Nos dias seguintes ao anúncio, uma crescente onda de protestos varreu o país e ontem o Ministério Público Federal do Pará entrou com a 11a. ação civil criminal contra Belo Monte pelo não cumprimento de medidas prévias exigidas para preparar a região para os impactos sócio-ambientais. A pressão sobre a presidente Dilma está se intensificando e se mais brasileiros agirem, nós podemos ter um impacto importante em conseguir reverter a situação.

O governo ainda pode impedir Belo Monte e desenvolver estratégias de energia alternativa sem destruir a Amazônia nem violar os direitos dos povos indígenas e ribeirinhos da região, mas isso só vai acontecer se um número suficiente de brasileiros se manifestarem. Nos próximos dias, vamos apoiar o cacique Raoni telefonando intensamente para a presidenta Dilma pedindo para ela salvar a Amazônia. Veja abaixo o número para o qual ligar e o que dizer. Depois de ligar, veja abaixo o link para compartilhar os detalhes de sua chamada com milhares de brasileiros.

Acesse o site da Presidência – Fale com a Presidenta – e envie o seu e-mail .

Estes são os números de telefone para ligar para a presidente Dilma

  • (61) 3411-1225
  • (61) 3411-1200
  • (61) 3411-1201

Aqui estão algumas sugestões do que dizer – lembre de ser educado e respeitoso ao ligar.

  • Eu estou ligando para insistir que o projeto da usina de Belo Monte seja interrompido
  • Construir a usina destruirá 400.000 acres de floresta tropical Amazônica – um desastre para animais, plantas, e pessoas que dependem desse ecossistema sensível para viver
  • 40% dos requisitos em saúde, educação, saneamento e proteção às terras indígenas não estão sendo garantidos pelo consórcio Norte Energia S.A. (NESA)
  • Violência e especulação de terras cresceram nos últimos meses enquanto saúde, educação e saneamento são escassos na área de Belo Monte
  • Nós devemos impedir Belo Monte agora, antes que o povo caiapó tome medidas desesperadas e arrisque suas vidas por causa da usina de Belo Monte

Se não conseguir completar a ligação, continue tentando — isso significa que estamos congestionando as linhas e tendo um impacto.

Depois de fazer sua ligação, clique abaixo para compartilhar os detalhes de sua ligação:

http://www.avaaz.org/po/stand_with_chief_raoni/?vl

O Brasil tem o potencial de ser o maior líder mundial em proteção ambiental, e no ano que vem vai sediar o Rio+20. Porém neste momento, quando outras nações olham para o Brasil, elas vêem um país prestes a destruir florestas tropicais com as alterações no Código Florestal e tirar à força as pessoas de suas terras. Juntos nós podemos salvar a reputação do Brasil pedindo para a presidente Dilma defender o meio ambiente — e construir um futuro de que todos nós, das tribos ao longo do Xingú aos netos das famílias urbanas, podemos ter orgulho.

Com esperança,

Ben, Iain, Ricken, Laura, Graziela e toda a equipe Avaaz

Mais informações:

Ibama concede licença e obra da usina Belo Monte é iniciada
http://www.dci.com.br/Ibama-concede-licenca-e-obra-da-usina-Belo-Monte-e-iniciada-1-376000.html

Cientistas encaminham a Dilma Rousseff protesto contra Belo Monte
http://g1.globo.com/natureza/noticia/2011/06/cientistas-encaminham-dilma-rousseff-protesto-contra-belo-monte.html

Assembléia Geral da OEA recebe denúncia sobre Belo Monte
http://www.xinguvivo.org.br/2011/06/06/assembleia-geral-da-oea-recebe-denuncia-sobre-belo-monte/

Ibama ignora MPF e OEA e libera licença para obras de Belo Monte no Rio Xingu
http://www.socioambiental.org/nsa/detalhe?id=3350

MPF ajuiza a 11ª ação civil pública contra Belo Monte
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/06/06/mpf-ajuiza-a-11-acao-civil-publica-contra-belo-monte.jhtm

Nós, indígenas do Xingu, não queremos Belo Monte :: Cacique Bet Kamati Kayapó, Cacique Raoni Kayapó Yakareti Juruna
http://www.noticiasdaamazonia.com.br/11999-nos-indigenas-do-xingu-nao-queremos-belo-monte-cacique-bet-kamati-kayapo-cacique-raoni-kayapo-yakareti-juruna/

MP diz que governo quer intimidar procuradores no caso Belo Monte
http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios+industria,mp-diz-que-governo-quer-intimidar-procuradores-no-caso-belo-monte,68838,0.htm

Fonte: Avaaz

01/05/2011 14:49

Clima – 15/04/2011 – 09:40
ONU certifica cidades catarinenses na Campanha Mundial para Redução de Desastres

Rio do Sul, Tubarão, Itajaí, Florianópolis, Blumenau e Jaraguá do Sul foram os seis municípios catarinenses que receberam os certificados de compromisso com a Campanha Mundial para a Redução de Desastres 2010/2011 – Desenvolvendo cidades resilientes: “Minha cidade está se preparando”. A solenidade de certificação aconteceu na manhã desta quinta-feira (14) e contou com a presença do representante da Estratégia Internacional para a Redução de Desastres (EIRD) da ONU, Ricardo Mena. O evento ocorreu no auditório da Secretaria de Administração e reuniu os prefeitos dos municípios certificados, autoridades estaduais, universidades, coordenadores e equipes de defesa civil municipais.

Em sua apresentação, Ricardo Mena, da ONU, elogiou a iniciativa de Santa Catarina em se comprometer com ações que visem o desenvolvimento da resiliência e a proteção das comunidades. “O Estado é o primeiro do Brasil a aderir à Campanha com a certificação de seis municípios. A participação desses municípios na Campanha vai proporcionar a discussão de problemas comuns, o intercâmbio de conhecimento e ainda o fortalecimento dos processos de gestão de risco”, destacou. E divulgou que a partir da formalização da participação dos municípios catarinenses passam para 636 o número de cidades comprometidas com a Campanha da EIRD.

O diretor da Defesa Civil Estadual, major Márcio Luiz Alves, diz que dos 10 itens essenciais para integrar a Campanha, as cidades catarinenses já executam 80%. “Muitos dos aspectos básicos propostos pela ONU, nossas cidades têm realizado. Ações juntos às comunidades, nas escolas, preparação das equipes de defesa civil, mapeamentos, estudos e pesquisas contribuem para a proteção da população no Estado. A Defesa Civil Estadual será parceira destes municípios na Campanha e vamos trabalhar juntos para nos tornar cada vez mais preparados” destacou.

Na solenidade, o governador Raimundo Colombo foi representado por Lirio Rosso, secretário de Articulação Estadual, que firmou o compromisso do Governo do Estado com os municípios na Campanha Mundial e falou ainda, da importância de parcerias como esta com a ONU.

Os prefeitos, em seus discursos, apontaram as ações desenvolvidas em seus municípios e se mostraram satisfeitos com o reconhecimento dos trabalhos locais. Após a certificação, os municípios assumiram a tarefa de desenvolver e ampliar as ações propostas pela Campanha entre elas: elaborar documentos de orientação para redução do risco de desastres, oferecer incentivos aos moradores de áreas de risco, manter informações atualizadas sobre as ameaças e vulnerabilidades de sua cidade e investir e manter uma infraestrutura para redução de risco com enfoque estrutural.

A Campanha da Estratégia Internacional para Redução de Desastres (EIRD/ONU) se pauta na crescente urbanização mundial e nos problemas decorrentes de uma ocupação desordenada em contraponto à necessidade de prever riscos e criar ferramentas de adaptação e de enfrentamento para construção de cidades mais seguras. O objetivo geral da campanha mundial é construir comunidades urbanas resilientes, sustentáveis e seguras. Para 2011 a meta é atingir mais de 1000 cidades participantes.

Fonte: http://www.jusbrasil.com.br/politica/6860694/onu-certifica-cidades-catarinenses-na-campanha-mundial-para-reducao-de-desastres

Erosão na Praia da Armação, em Florianópolis, pode causar desastre natural na Lagoa do Peri

01/05/2011 14:45

Lagoa pode ser contaminada com água salgada em até três meses

25 mai 2010

Ângela Bastos | angela.bastos@diario.com.br

A erosão extrema na Praia da Armação, em Florianópolis, pode causar um desastre natural sem precedentes na Lagoa do Peri, maior manancial de água doce da Ilha de Santa Catarina.

A lagoa, que é responsável pelo abastecimento de cerca de 113 mil habitantes, poderá ter suas águas salgadas se além da construção do muro (enrocamento) não for feito o engordamento da faixa de areia em cerca de 150 metros e a reabertura do canal existente entre a Ilha das Campanhas e o molhe, que também deve ser removido.

A conclusão faz parte de um parecer técnico elaborado pelo geógrafo Alexandre Felix, mestrando em Geologia Marinha e Geomorfologia Costeira da Universidade Federal de Santa Catarina UFSC, e pelo geógrafo José Maurício de Camargo.

Veja os riscos de salinização

O Diário Catarinense teve acesso ao documento, que será protocolado nesta sexta-feira, na Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) pelos técnicos da Ambiens Consultoria Ambiental.

A empresa faz parte do grupo de trabalho do Programa Estadual de Gerenciamento Costeiro (Gerco), que trata do Zoneamento Ecológico Econômico Costeiro em Santa Catarina.

Pelo estudo, a salinização da Lagoa do Peri podem ocorrer dentro de um prazo preocupante:

— Calculo entre dois e três meses para que isso ocorra se as ações não forem feitas. Além disso, o pico está por vir, em agosto.

Se confirmada, a salinização pode acontecer de três formas: contato da cunha salina com o canal do Rio Quincas Antônio e sangradouro da Lagoa do Peri (perigo iminente); entrada da cunha salina do aquífero diretamente, na Lagoa do Peri, e o rompimento da barreira formada pela restinga.

— Estas obras emergenciais são medidas paliativas que darão um tempo maior para a definição de medidas adequadas a serem aplicadas para resolver os problemas relacionados aos riscos inerentes à erosão extrema na Praia da Armação — observa Felix.

Molhe pode ter ajudado na erosão

De acordo com a Companhia de Águas e Saneamento de Santa Catarina (Casan), no estudo Sistema de Abastecimento de Água da Ilha de Santa Catarina – Mananciais da Ilha, o abastecimento de água nos distritos da Barra da Lagoa, Lagoa da Conceição, Campeche, Morro das Pedras, Armação e Ribeirão da Ilha é realizado pelo Sistema Costa Leste/Sul, através de barragem e Estação de Tratamento de Água (ETA) localizada na Lagoa do Peri.

Se a água da lagoa salgar, haverá interrupção deste serviço aos milhares de moradores da região.

Os pesquisadores observam que além das recorrentes ressacas, o fechamento do canal existente entre a Ilha das Campanhas e a linha de costa, na divisa entre as praias da Armação e do Matadeiro, pode ser considerado como uma das prováveis causas para o estado de desequilíbrio que vem causando a erosão extrema na praia da Armação.

O molhe ali construído serve de armadilha de sedimentos, bloqueando todo o aporte direto de material proveniente da desembocadura do Rio Quincas Antônio e sangradouro da Lagoa do Peri para a praia da Armação.

— Os eventos constantes e recorrentes de ressaca, a partir do mês de abril, são apenas o gatilho para o cenário atual de erosão extrema — diz Felix.

O governo federal liberou R$ 12 milhões para obras emergenciais de recuperação na Praia da Armação. O enrocamento — colocação de pedras por 1.750 metros – começou na quinta-feira.

A obra deve ser executada em 90 dias. O dinheiro precisa ser usado para as medidas de contenção, e não para os imóveis atingidos pelas constantes ressaca.

Fonte: http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default.jsp?uf=2&section=Geral&newsID=a2918992.htm

Em breve

23/11/2010 17:57

Portal do EcosCiências em breve estará no ar contribuindo com conteúdos sobre Meio Ambiente, Sociedade e Desenvolvimento.