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Campanha Mundial para Redução de Desastres

Clima – 15/04/2011 – 09:40
ONU certifica cidades catarinenses na Campanha Mundial para Redução de Desastres

Rio do Sul, Tubarão, Itajaí, Florianópolis, Blumenau e Jaraguá do Sul foram os seis municípios catarinenses que receberam os certificados de compromisso com a Campanha Mundial para a Redução de Desastres 2010/2011 – Desenvolvendo cidades resilientes: “Minha cidade está se preparando”. A solenidade de certificação aconteceu na manhã desta quinta-feira (14) e contou com a presença do representante da Estratégia Internacional para a Redução de Desastres (EIRD) da ONU, Ricardo Mena. O evento ocorreu no auditório da Secretaria de Administração e reuniu os prefeitos dos municípios certificados, autoridades estaduais, universidades, coordenadores e equipes de defesa civil municipais.

Em sua apresentação, Ricardo Mena, da ONU, elogiou a iniciativa de Santa Catarina em se comprometer com ações que visem o desenvolvimento da resiliência e a proteção das comunidades. “O Estado é o primeiro do Brasil a aderir à Campanha com a certificação de seis municípios. A participação desses municípios na Campanha vai proporcionar a discussão de problemas comuns, o intercâmbio de conhecimento e ainda o fortalecimento dos processos de gestão de risco”, destacou. E divulgou que a partir da formalização da participação dos municípios catarinenses passam para 636 o número de cidades comprometidas com a Campanha da EIRD.

O diretor da Defesa Civil Estadual, major Márcio Luiz Alves, diz que dos 10 itens essenciais para integrar a Campanha, as cidades catarinenses já executam 80%. “Muitos dos aspectos básicos propostos pela ONU, nossas cidades têm realizado. Ações juntos às comunidades, nas escolas, preparação das equipes de defesa civil, mapeamentos, estudos e pesquisas contribuem para a proteção da população no Estado. A Defesa Civil Estadual será parceira destes municípios na Campanha e vamos trabalhar juntos para nos tornar cada vez mais preparados” destacou.

Na solenidade, o governador Raimundo Colombo foi representado por Lirio Rosso, secretário de Articulação Estadual, que firmou o compromisso do Governo do Estado com os municípios na Campanha Mundial e falou ainda, da importância de parcerias como esta com a ONU.

Os prefeitos, em seus discursos, apontaram as ações desenvolvidas em seus municípios e se mostraram satisfeitos com o reconhecimento dos trabalhos locais. Após a certificação, os municípios assumiram a tarefa de desenvolver e ampliar as ações propostas pela Campanha entre elas: elaborar documentos de orientação para redução do risco de desastres, oferecer incentivos aos moradores de áreas de risco, manter informações atualizadas sobre as ameaças e vulnerabilidades de sua cidade e investir e manter uma infraestrutura para redução de risco com enfoque estrutural.

A Campanha da Estratégia Internacional para Redução de Desastres (EIRD/ONU) se pauta na crescente urbanização mundial e nos problemas decorrentes de uma ocupação desordenada em contraponto à necessidade de prever riscos e criar ferramentas de adaptação e de enfrentamento para construção de cidades mais seguras. O objetivo geral da campanha mundial é construir comunidades urbanas resilientes, sustentáveis e seguras. Para 2011 a meta é atingir mais de 1000 cidades participantes.

Fonte: http://www.jusbrasil.com.br/politica/6860694/onu-certifica-cidades-catarinenses-na-campanha-mundial-para-reducao-de-desastres

25 de abril de 2011

Nesta semana, 25 e 26, estarão em Florianópolis a Comissão Especial de Medidas Preventivas diante de Catástrofes Climáticas. Dos 48 parlamentares que formam a Comissão, 15 virão a Florianópolis para conhecer o trabalho do CEPED UFSC e a experiência da defesa civil nos trabalhos de prevenção e resposta a desastres.

Fonte: Ceped/UFSC

Serão dois dias de visita. Nesta segunda (25), às 14 horas haverá uma audiência pública no Plenário Osni Régis, na Assembléia Legislativa de Santa Catarina, ALESC, onde haverá debate sobre o tema da Comissão.

No dia 26, pela manhã, o grupo visita o Morro do Baú, no município de Ilhota, acompanhado de técnicos do CEPED UFSC. À tarde, a partir das 14 horas, os parlamentares se reúnem com a equipe do CEPED UFSC para conhecer os projetos em desenvolvimento e os realizados nestes 10 anos de atuação.

Sobre a Comissão
A Comissão Especial de Medidas Preventivas Diante de Catástrofes foi criada após as enchentes e deslizamentos no Rio de Janeiro, em São Paulo e Minas Gerais, no início deste ano. A instalação oficial foi no dia 16 de março.

O relator da comissão é o deputado Glauber Braga (PSB-RJ) e a mesa é presidida pela deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), acompanhada do 1º vice-presidente Onofre Santo Agostini (DEM-SC), do 2º vice-presidente, Jorginho Mello (PSDB-SC), e do 3º vice-presidente, Dr. Paulo César (PR-RJ).

De acordo com o relator existem mais de 100 projetos em tramitação na Câmara e no Senado, relativos à prevenção de catástrofes climáticas. Em entrevista à TV Câmara Glauber Braga disse que a Comissão vai trabalhar em três frentes para propor uma política pública de prevenção de desastres:

– analisar os projetos que já estão tramitando na Câmara e no Senado;
– ouvir técnicos e especialistas brasileiros e estrangeiros, para estabelecer um marco nas políticas de prevenção e de preparação dos estados e municípios brasileiros para catástrofes climáticas; e
– entrar em contato com as comunidades atingidas, pois entende que a solução parte de quem vivencia o problema.

Lagoa pode ser contaminada com água salgada em até três meses

25 mai 2010

Ângela Bastos | angela.bastos@diario.com.br

A erosão extrema na Praia da Armação, em Florianópolis, pode causar um desastre natural sem precedentes na Lagoa do Peri, maior manancial de água doce da Ilha de Santa Catarina.

A lagoa, que é responsável pelo abastecimento de cerca de 113 mil habitantes, poderá ter suas águas salgadas se além da construção do muro (enrocamento) não for feito o engordamento da faixa de areia em cerca de 150 metros e a reabertura do canal existente entre a Ilha das Campanhas e o molhe, que também deve ser removido.

A conclusão faz parte de um parecer técnico elaborado pelo geógrafo Alexandre Felix, mestrando em Geologia Marinha e Geomorfologia Costeira da Universidade Federal de Santa Catarina UFSC, e pelo geógrafo José Maurício de Camargo.

Veja os riscos de salinização

Diário Catarinense teve acesso ao documento, que será protocolado nesta sexta-feira, na Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) pelos técnicos da Ambiens Consultoria Ambiental.

A empresa faz parte do grupo de trabalho do Programa Estadual de Gerenciamento Costeiro (Gerco), que trata do Zoneamento Ecológico Econômico Costeiro em Santa Catarina.

Pelo estudo, a salinização da Lagoa do Peri podem ocorrer dentro de um prazo preocupante:

— Calculo entre dois e três meses para que isso ocorra se as ações não forem feitas. Além disso, o pico está por vir, em agosto.

Se confirmada, a salinização pode acontecer de três formas: contato da cunha salina com o canal do Rio Quincas Antônio e sangradouro da Lagoa do Peri (perigo iminente); entrada da cunha salina do aquífero diretamente, na Lagoa do Peri, e o rompimento da barreira formada pela restinga.

— Estas obras emergenciais são medidas paliativas que darão um tempo maior para a definição de medidas adequadas a serem aplicadas para resolver os problemas relacionados aos riscos inerentes à erosão extrema na Praia da Armação — observa Felix.

Molhe pode ter ajudado na erosão

De acordo com a Companhia de Águas e Saneamento de Santa Catarina (Casan), no estudo Sistema de Abastecimento de Água da Ilha de Santa Catarina – Mananciais da Ilha, o abastecimento de água nos distritos da Barra da Lagoa, Lagoa da Conceição, Campeche, Morro das Pedras, Armação e Ribeirão da Ilha é realizado pelo Sistema Costa Leste/Sul, através de barragem e Estação de Tratamento de Água (ETA) localizada na Lagoa do Peri.

Se a água da lagoa salgar, haverá interrupção deste serviço aos milhares de moradores da região.

Os pesquisadores observam que além das recorrentes ressacas, o fechamento do canal existente entre a Ilha das Campanhas e a linha de costa, na divisa entre as praias da Armação e do Matadeiro, pode ser considerado como uma das prováveis causas para o estado de desequilíbrio que vem causando a erosão extrema na praia da Armação.

O molhe ali construído serve de armadilha de sedimentos, bloqueando todo o aporte direto de material proveniente da desembocadura do Rio Quincas Antônio e sangradouro da Lagoa do Peri para a praia da Armação.

— Os eventos constantes e recorrentes de ressaca, a partir do mês de abril, são apenas o gatilho para o cenário atual de erosão extrema — diz Felix.

O governo federal liberou R$ 12 milhões para obras emergenciais de recuperação na Praia da Armação. O enrocamento — colocação de pedras por 1.750 metros – começou na quinta-feira.

A obra deve ser executada em 90 dias. O dinheiro precisa ser usado para as medidas de contenção, e não para os imóveis atingidos pelas constantes ressaca.

Fonte: http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default.jsp?uf=2&section=Geral&newsID=a2918992.htm